O investimento em branding não é uma prática exclusiva das startups. Pelo contrário, as marcas que já venderam milhões e alcançaram reconhecimento global continuam a investir tempo, energia e dinheiro na construção e gestão da sua imagem. Mas porquê?
A resposta está na natureza da marca: não se trata apenas de "aparecer" - trata-se de manter a relevância, reforçar o valor percebido e garantir a preferência num mercado saturado e altamente competitivo.
Investimento na marca: Não se trata de crescer, trata-se de ficar
Um dos maiores erros que as empresas cometem depois de ganharem destaque é pensar que o branding pode ser posto de lado. No entanto, é justamente nesse momento que ele se torna ainda mais essencial. À medida que a marca cresce, aumenta também a responsabilidade de manter a consistência, a confiança e a ligação com o público.
Além disso, vivemos num mundo em que as marcas são constantemente julgadas - nas redes sociais, no atendimento ao cliente, na entrega de produtos e até mesmo na sua postura em relação a questões sociais. Por isso, o investimento em branding funciona como um escudo estratégico que protege e reforça o valor percebido pelo público.
Mais reconhecimento não significa mais preferência
Por muito conhecida que uma marca seja, tem de convencer diariamente o consumidor de que continua a ser a melhor escolha. A marca não funciona apenas com base na visibilidade, mas também na diferenciação e no posicionamento. E é isso que realmente impulsiona as decisões de compra - especialmente em mercados onde os produtos e os preços são semelhantes.
O investimento contínuo em branding ajuda a reforçar atributos que vão para além da funcionalidade: objetivo, estilo de vida, aspiração e alinhamento com os valores do público.
Active Branding é sinónimo de uma marca viva
Outro ponto crucial é a capacidade de adaptação sem perder a identidade. O investimento em branding permite que a marca acompanhe as mudanças culturais, tecnológicas e sociais sem perder sua essência. Ela pode evoluir visualmente, ajustar sua linguagem ou até mesmo mudar de canal - mas tudo isso acontece de forma estratégica, sem quebrar o que já foi construído.
Um bom exemplo disto são marcas como a Apple, a Netflix ou a Coca-Cola. Todas elas fazem actualizações visuais e narrativas constantes, mas sem perderem a sua capacidade de reconhecimento imediato. Isto só é possível porque o branding está sempre ativo e é tratado como uma prioridade.
A consistência gera confiança, e a confiança vende
Outra razão para investir em branding, mesmo para marcas estabelecidas, é a necessidade de manter a consistência em todos os pontos de contacto. Desde o primeiro clique no sítio Web até ao acompanhamento pós-venda, o cliente tem de sentir que está a lidar com uma marca sólida, coerente e de confiança.
Esta uniformidade reforça a recordação da marca, reduz o atrito no percurso do cliente e aumenta as hipóteses de recompra. Por outras palavras: uma marca bem executada tem um impacto direto no negócio.
Conclusão
O investimento na marca não é um luxo reservado às grandes empresas. É uma estratégia contínua que sustenta o crescimento a longo prazo. Mesmo as marcas mais reconhecidas do mundo continuam a reforçar o seu posicionamento, a atualizar a sua presença e a manter a sua relevância cultural.
Se quiser construir algo duradouro, tem de compreender que o branding não é um projeto com princípio, meio e fim. É uma construção permanente. E à medida que a sua marca cresce, a importância de investir naquilo que a diferencia - a sua identidade - torna-se ainda maior.